Fiz uma viagem pelo universo através de uma sessão de Hatha Yoga com terapia musical no Pine Cliffs Resort. Ângelo, sentado num templo de madeira à beira-mar, guiou-me na meditação com sons de instrumentos terapêuticos. O ritual começou com a explosão do Big Ben recreada com o vibrar do grande gongo, passando pela génese dos Planetas, da Natureza, do Homem e a (des)evolução da Sociedade até chegar à transcendência da alma. Durante mais de uma hora, sem palavras e apenas com sons, o multi-instrumentalista, foi orientando a minha mente através da Sound Healing Journey, uma viagem espiritual ao mundo dos sons e da consciência.
Sexta feira. Fim da tarde. Ainda anda o sol a brincar no horizonte, mas já começam a sair os laivos rosados no céu, anunciando o fim do dia. Hoje vou participar, pela primeira vez na vida, de uma sessão de yoga com terapia musical. Estou ansiosa e expectante à medida que caminho pelos relvados do Pine Cliffs, até chegar a um clareira entre árvores, mesmo junto ao precipício da falésia. Num jardim de relva fofa, encontro uma pequeno pavilhão em madeira e à sua frente, alguns tapetes de yoga.
Aí, fiquei maravilhada com a exposição de instrumentos. Dispostos sobre uma toalha com desenhos de mandala, haviam taças tibetanas em cobre, uma taça de quartzo, um ocean drum – espécie de pandeireta com esferas de alumínio que ao rolar lembram as ondas do mar-, uma caixa de foles de mantras de nome Shruti, flautas orientais, um tambor shamânico, uns koshus e vários hang drums e hang pans. Todos estes instrumentos terapêuticos quando conjugados com a prática do yoga produzem um som especial com vibrações benéficas à nossa saúde física, emocional e espiritual.
Ângelo, o guia espiritual desta viagem através da música convida-me a ocupar o tapete, a tirar os sapatos e a segui-lo numa sucessão de movimentos e posições que no seu conjunto se chamam “saudação ao sol”.
Façamos aqui um interregno. Eu costumo praticar desporto com alguma assiduidade mas sou um desastre na aula de yoga: flexibilidade zero, capacidade de meditação, zero. Porém, nunca me rendo. Sabem aquela da classe que está sempre a desequilibrar-se nas posições de equilíbrio? Sou eu. Mas lá estou, desafiando os meus limites pessoais…. Por isso, quando vi esta atividade de Hatha Yoga com Terapia Musical, nem olhei para trás, quis logo participar. Ia apreensiva, porque uma pessoa nunca sabe o nível de dificuldade destas coisas… mas fiquei descansada quando percebi que os movimentos praticados eram básicos e sem grande complicação.
Depois dos 10 minutos de posições da “saudação ao sol” e de exercícios de respiração, pediram-me para me deitar de barriga para cima. Os meus dedos ficaram a tocar a relva macia e por entre as pálpebras semicerradas via os contornos dos pinheiros mansos. Ao longe e tão perto, o sussurrar das ondas atlânticas e os gritos desvairados das gaivotas. Depois veio o choque. Ao fechar os olhos senti o corpo a vibrar. O som do gongo tibetano ecoava no ar anunciando algo mais que o início da terapia, levou a minha mente num fio de pensamento até à explosão do Big Ben e ao começo dos tempos.
Ângelo Miguel lançou-se numa performance única. Não parou, em uma hora, de tocar este ou aquele instrumento, contando a história do Mundo e do Homem. Passámos por várias fases, algumas mais pacíficas, outras mais belicosas. Na narrativa desta Sound Healing Journey, nasce o Universo, seguem-se os Planetas, depois a Natureza com os Rios e os Oceanos, as Árvores e os Animais, o Homem e a Sociedade. O Caos. Finalmente, a Transcendência, a consciência de que somos apenas um grão de areia a rodopiar ao vento.
Ângelo faz os instrumentos tocar em várias frequências, canta tons baixos em forma de mantra. Com os olhos fechados tenho apenas a perceção do movimento do som. Por vezes, o músico-yogui aproxima-se e roça o meu ouvido com uma frequência ou uma melodia que desperta os sentidos. Houve um momento em que, enleada na narrativa, senti medo de tambor e de um sopro baixo, que na minha imaginação só podia vir de algum monstro ou de uma cascavel. Podia ter aberto os olhos e libertar-me dessa sensação, mas joguei até ao final, este desafio dos sentidos, do corpo e da mente.
Esta foi, das poucas vezes em que consegui realmente meditar. Normalmente ponho-me a pensar nas contas para pagar, nas chatices no emprego, nas deadlines de trabalhos para entregar… a cangalhada da pós-modernidade. Mas aqui, nenhum desses pensamentos mundanos se atreveu a interromper a crónica musical de Ângelo. E assim, a hora passou a correr e ao terminar, eu despertei de um sonho acordado, mais leve e feliz…
Só posso recomendar a qualquer pessoa esta atividade. É uma forma fantástica de fazer uma pausa na atividade frenética das nossas vidas. Andamos demasiado ocupados com problemas e chatices e muitas vezes esquecemo-nos de relativizar. Somos o que somos: nada. Os problemas são relativamente (des)importantes, porque o que hoje nos atormenta, amanhã talvez já não exista…
E quem é Ângelo Miguel? Músico licenciado em som e imagem pela Universidade Católica em Lisboa, une ao seu trabalho de composição a prática de Hatha Yoga, o Kundalini e os princípios do Hinduísmo. Os instrumentos e as influências para o seu trabalho são paulatinamente recolhidos à medida que viaja e vai descobrindo novas culturas e rituais. Conta-me que trouxe as flautas de Varamasi, uma das cidades sagradas da Índia, durante a última viagem de quase um ano.
O jovem natural de Amarante que agora reside no Algarve, compõe, dá concertos meditativos em vários espaços e realiza esta atividade duas vezes por semana (e três em temporada alta) nos jardins do Pine Cliffs Resort. Cada sessão é única, dependendo da energia e da narrativa terapêutica necessária para guiar corpo, mente e espírito por um caminho de meditação transcendental que evoca a paz, relaxamento e a harmonia interior. E termino com … Om Shanti OM… o mantra que representa o universo…
Para mais informação sobre o trabalho de Ângelo Miguel Pinto, consulte:
https://www.facebook.com/pg/angeluzmiguel/posts/
Pine Cliffs Goes Active
Esta atividade de Yoga e Terapia Musical enquadra-se na coleção de experiências e práticas desportivas do programa Pine Cliffs Goes Active. Acompanhando as crescentes tendências de vida saudável, o resort aposta cada vez mais num estilo de vida ativo para os seus hóspedes e por isso a oferta de atividades lúdicas e desportivas tem vindo melhorar a cada ano. Nesta minha visita tive ainda a oportunidade de visitar o ginásio composto por uma sala muito completa de máquinas e uma piscina interior olímpica que é uma absoluta delícia.
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E a minha crónica sobre o Pine Cliffs não fica por aqui… dediquei alguns posts ao Serenity Spa, ao tratamento de hammam, ao restaurante vegetariano flexível ZEST e ao excelente gourmet-marinheiro “O Pescador”…
Vá passando por aqui.. vai ver que há sempre algo novo para ler e para se inspirar…
Para mais informação e reservas, não deixe de consultar:
Pine Cliffs Resort
Página Web: https://www.pinecliffs.com/pt/
Direção: Pinhal do Concelho, Apartado 887 8200-912 Albufeira, Portugal.
Telefone: (+351) 289 500 300
E-mail: info@pinecliffs.com
Créditos Fotográficos: Algarvist
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